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Blog do Mulheres de Esperança

Vulnerabilidade: Incômodo & Oportunidade

Por Susie Pek

19/08/2022, às 18h50 | Conteúdo atualizado em 19/08/2022, às 18h50

Como você reage ao som da palavra vulnerabilidade? Será que ao ouvi-la você imediatamente a associa a algo negativo? A definição de vulnerabilidade nos dicionários da língua portuguesa é: ‘a característica de quem ou do que é vulnerável, ou seja, frágil, delicado e fraco”. Se formos honestos, reconheceremos que este conceito não é nem um pouco popular.  Ninguém gosta de se sentir exposto ou frágil. Isso não significa que conseguiremos driblar essa situação.  Mais cedo ou mais tarde passaremos por algum tipo de vulnerabilidade. 

 

Enfermidades, acidentes, infortúnios, relacionamentos quebrados e tantos outros acontecimentos mexem com a gente.  Não temos controle das circunstâncias que têm o poder de nos fragilizar.  A nós cabe lidar com cada crise que nos apresenta incômodos e oportunidades. A sensação de total impotência é um grande inconveniente nessas situações.  Podemos deixar que isso nos paralise ou buscar ajuda no lugar certo, com a pessoa certa.

 

Uma vantagem da vulnerabilidade é que ela pode ser a grande responsável por uma relação de intimidade e confiança. Talvez isso soe estranho para você. Queremos ser percebidos como pessoas fortes, mesmo quando sabemos que todos temos nossas fraquezas. Compartilhar nossas debilidades é assustador. Nem sempre saberão lidar com nossas fragilidades. Por outro lado, existe uma satisfação profunda quando encontramos acolhimento. Imagino que ao longo da vida, você tenha se exposto e em seguida ouvido: “Que bom que você falou isso! Pensei que fosse o único que se sentia assim!”. E com essa declaração relacionamentos se fortalecem e aprofundam.  Alguém nos compreende.

 

Claro que não é um processo tão simples assim. Reconhecer nossas fragilidades, ainda que para nós mesmas, requer coragem. É um rasgar de alma. Logo lembro de Ana que queria tanto ser mãe e despiu todo seu ser diante do Senhor. “Ana se levantou e, com a alma amargurada, chorou muito e orou ao Senhor.” Eli, o sacerdote que assistiu a cena pensou que ela estava embriagada. Ana respondeu: "Não se trata disso, meu senhor. Sou uma mulher muito angustiada. Não bebi vinho nem bebida fermentada; eu estava derramando minha alma diante do Senhor.” Ana se vulnerabilizou no lugar certo, com aquele que nos entende por completo. O Senhor atendeu o seu clamor.

 

Nosso Deus Eterno é Deus sempre presente na hora da angústia. Ele ouve nossas angústias, recebe nossas vulnerabilidades.  Ele dá força ao cansado e dá grande vigor ao abatido.

 

No amor do Senhor,

 

Susie Pek - Coordenadora do Mulheres de Esperança RTM Brasil, América Latina & Caribe 

 

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