
Cinco coisas que você precisa saber sobre Pentecostes
Por Lucas Meloni
20/05/2021, às 16h25 | Conteúdo atualizado em 20/05/2021, às 16h34
No próximo domingo (23) celebra-se o Dia de Pentecostes. Para explicar um pouco melhor sobre a data e o seu significado, a Rádio Trans Mundial convidou o pastor João Paulo Gouvêa, apresentador do programa “Painel Literário”, para destacar alguns pontos importantes. Confira as explicações de JP sobre cada um deles.
O que é?
Pentecostes é celebrado 50 dias depois do Domingo de Páscoa e marca, com base no Novo Testamento, a descida do Espírito Santo, que havia sido anunciado por Cristo às vésperas de sua crucificação. Havia a celebração de Pentecostes à luz do Antigo Testamento também. O dia do “Pentecostes” ou a festa “da colheita”, que em hebraico é Shavuot, era uma celebração agrícola do judaísmo (Ex.23-16), vivenciada durante sete semanas, nos 50 dias posteriores à Páscoa. Por causa disso, era também chamada de festa das Semanas.
O que representa a descida do Espírito Santo?
O capítulo 2 de Atos dos Apóstolos narra o que chamamos de Dia de Pentecostes, marcado pelo derramamento do Espírito Santo sobre os discípulos de Jesus. Esta narrativa confirma as palavras de Jesus a seus discípulos em Atos 1.8 e as profecias de Joel 2.28-29, Isaías 44.3 e Ezequiel 39.29. Este evento concretiza a presença, o poder e a comunhão de Deus com o seu povo.
Pentecostes e o pentecostalismo
O pentecostalismo teve forte influência do Pentecostes. É importante ressaltar que o movimento pentecostal teve início em 1906, com William James Seymor, seguindo os ensinamentos do pregador metodista Charles Fox Parham. A doutrina dele tinha como base o livre arbítrio, o batismo do Espírito Santo, o falar em línguas, a expectativa de uma segunda benção e a efusão ilimitada do poder de Deus por intermédio do Espírito Santo. O pentecostalismo é a única denominação cristã que foi fundada por um negro, oriundo dos movimentos de santificação católicos metodistas.
Espírito Santo é parte da Trindade
O Trinitarianismo (ensino de que Deus é triúno) é o desenvolvimento lógico do monoteísmo pluralista implícito no AT. O nome genérico para a divindade “elohim” usado mais de 2.500 vezes no AT, é plural e, embora não exija pluralidade de pessoas, admite tal possibilidade. O Espírito Santo é uma das Pessoas da Trindade. O Pai e o Filho são as outras duas.
Pessoas distintas e indivisíveis
A divindade subsiste como três pessoas plenamente iguais, distintas e plenamente indivisíveis. Pai, Filho, Espírito Santo.
Cada um tem os atributos de Deus, como: Auto-existência – Imutabilidade – Eternidade – Onipresença (unicidade) – Onisciência – Onipotência. Não se pode, de maneira nenhuma, separá-los, porém, se pode entender a trindade a partir das funções exercidas. O Pai é o criador de todas as coisas, o Filho executa a criação do Pai e o Espírito mantém a obra do Filho, criada pelo Pai. Especificamente, é por meio do Espírito Santo que a Trindade age no crente, sua função é observada no convencimento – Jo.16.8, na conversão – Jo.16.13, no ensino – ICo.2.13, na certeza da salvação – Rm.8.15, no selo da salvação – Ef.1.13-14, no comissionamento – At.13.4, por sua habitação nos crentes – ICo.3.16-17, pela regeneração – Jo.3.5-6 e pela consolação – Jo.14-16 / 16.7