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Notícias RTM

China amplia restrições a cristãos

Por Lucas Meloni

17/10/2025, às 10h40 | Conteúdo atualizado em 17/10/2025, às 13h21

A missão Portas Abertas, referência no apoio à igreja perseguida pelo mundo, alerta o fechamento de cerco contra cristãos no país. Segundo informações divulgadas por PA, autoridades chinesas mobilizaram cerca de 400 policiais e 200 veículos em uma ação contra um grupo de cristãos ligado a igrejas domésticas no Leste da China. “Nunca vimos tanta força sendo usada em um caso relacionado à igreja. Isso exige nossa atenção”, disse um cristão local.

 

Mais de 70 pessoas foram detidas, incluindo líderes cristãos, obreiros, famílias que organizavam cultos em suas casas e até alguns interessados que ainda não haviam se convertido. Alguns foram presos durante reuniões das igrejas, outros foram abordados em suas casas ou locais de trabalho. 

 

As autoridades questionaram os cristãos sobre questões financeiras e suas afiliações com alguma denominação. Cerca de 20 cristãos foram multados em milhares ou até dezenas de milhares de yuans (mil yuans equivalem a cerca de 750 reais). 

 

Igreja doméstica

Entre os dias 9 e 11 de outubro, cerca de 30 pastores e líderes ligados à Igreja Zion, uma das redes de igrejas secretas mais influentes da China, foram supostamente presos ou desapareceram em várias regiões do país. Entre os detidos está o fundador da igreja, o Pastor Jin Mingri. 

 

Até o dia 13 de outubro, 16 pessoas foram libertas. No entanto, o status dos demais presos permanece incerto. As famílias de vários dos detidos receberam notificações oficiais de detenção criminal emitidas em 13 de outubro pela Delegacia de Yinhai, do Departamento de Segurança Pública de Beihai, na Província de Guangxi. 

 

Os documentos confirmam que os pastores Jin Mingri, Gao Yingjia, Yin Huibin e Wang Cong e a cristã Yang Lijun foram formalmente acusados de “uso ilegal de informações da internet”. As acusações podem estar relacionadas ao recém-implementado “Código de Conduta Online para Profissionais Religiosos”, divulgado pelo Departamento Nacional de Assuntos Religiosos em setembro de 2025. 

 

Nos últimos meses, as igrejas domésticas — consideradas não registradas e ilegais — têm enfrentado crescente pressão na China. Cultos de igrejas em diferentes regiões do país foram invadidos, pastores e membros da igreja foram interrogados, detidos ou sentenciados. O incidente recente envolvendo a Igreja Zion provocou reações dentro da comunidade das igrejas domésticas. Cristãos e igrejas estão unidos na China, organizando encontros de orações e várias igrejas influentes emitiram declarações públicas online expressando apoio à Igreja Zion. 

 

Para acompanhar mais informações da igreja perseguida, acesse o site de Portas Abertas.

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